Como lidar com colegas tóxicos no trabalho?
Uma visão a partir dos esquemas emocionais
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Marinaa Vershinina
3/11/20253 min read


Nem sempre conseguimos escolher com quem vamos trabalhar. Às vezes, temos a sorte de conviver com pessoas colaborativas e respeitosas. Outras vezes, nos vemos lidando com colegas que cruzam limites, criam um ambiente pesado ou até mesmo nos fazem duvidar de nós mesmos. Esses são os chamados colegas tóxicos.
Mas será que eles têm mesmo todo esse poder sobre nós?
No Adulto Saudável, acreditamos que situações difíceis são convites para olharmos para dentro e reconhecermos nossos padrões emocionais – aquilo que chamamos de esquemas emocionais. São como “óculos invisíveis” que usamos para enxergar a vida, formados na infância e que influenciam como reagimos diante de desafios.
Vamos entender isso melhor?
Quando o outro ativa nossas feridas
Imagine que você tem um colega que está sempre te criticando, duvidando da sua capacidade ou tentando te diminuir. Esse comportamento é, sem dúvida, tóxico. Mas ele também pode estar ativando um esquema emocional antigo, como:
Defectividade / Vergonha: a sensação de que tem algo errado em você, que você é insuficiente ou “menos”.
Subjugação: quando você sente que precisa se calar para evitar conflitos e se submete aos outros.
Privação emocional: a ideia de que suas necessidades emocionais nunca serão reconhecidas ou supridas.
Desconfiança / Abuso: quando você espera que as pessoas vão te machucar, manipular ou se aproveitar de você.
Esses esquemas fazem com que a dor causada por esse colega seja ainda mais profunda — não só pela situação em si, mas pelo que ela desperta internamente.
O que fazer quando isso acontece?
A proposta aqui não é "engolir seco" nem sair brigando. Mas sim, agir a partir do seu Eu Adulto Saudável. Isso significa:
1. Reconheça o que está sentindo
Parece simples, mas muitas vezes pulamos direto para a reação sem passar pela escuta interna. Pergunte-se:
O que estou sentindo agora?
Essa situação me lembra algo antigo? Alguma outra relação?
Isso está ativando alguma dor antiga em mim?
Essa pausa pode te ajudar a sair do modo automático e entrar no modo consciente.
2. Nomeie o esquema ativado
Se você já conhece seus esquemas, tente perceber qual está sendo ativado nesse tipo de interação. Quando nomeamos o esquema, diminuímos o poder dele sobre nossas atitudes.
Exemplo: "A fala do meu colega ativou meu esquema de defectividade, me fazendo acreditar que sou incapaz. Mas isso é um padrão antigo, e não a realidade atual."
3. Acolha sua parte ferida
Aqui entra o trabalho com a criança interior. O colega pode ter sido rude ou desrespeitoso, mas quem mais está sofrendo é a parte sua que já se sentiu assim em outros momentos da vida.
Você pode imaginar-se acolhendo essa parte: “Eu te vejo, eu entendo sua dor. Agora sou eu quem cuida de você.”
4. Fortaleça seu Adulto Saudável
Seu Eu Adulto é quem pode colocar limites, se posicionar e proteger sua saúde emocional no presente. Algumas atitudes práticas que ele pode tomar:
Conversar de forma assertiva com esse colega.
Procurar apoio de alguém da equipe ou da liderança.
Se afastar emocionalmente (sem entrar em jogos ou disputas).
Buscar ambientes mais saudáveis, se for possível a médio/longo prazo.
Lidar com o outro é, antes de tudo, cuidar de si
A grande virada é entender que não se trata apenas de “sobreviver ao colega tóxico”, mas de usar essas situações como pontos de virada emocional. Cada encontro difícil pode ser uma chance de amadurecer, se fortalecer e construir uma nova forma de se relacionar consigo mesmo.
Você não precisa mais se submeter. Nem precisa sair explodindo. Pode existir um meio-termo onde você se sente firme, respeitado e conectado com a sua verdade.
Essa é a jornada do Adulto Saudável: reconhecer os padrões, acolher as dores e fazer escolhas conscientes.
Se você quer aprender como lidar com seus sentimentos diante de relações difíceis e, ao mesmo tempo, desenvolver coragem para colocar limites com firmeza e respeito, o Mapa do Adulto Saudável foi feito pra você.
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