Se dizer “não” te faz sentir culpa, este texto é para você
Você sente que sempre coloca as necessidades dos outros em primeiro lugar? Esquecendo que você também tem suas próprias necessidades emocionais? Quando percebe, já disse “sim” para algo que não queria fazer? Dizer “não” está diretamente ligado à capacidade de colocar limites. Mas, se isso é um grande desafio para você, é provável que seu esquema de autosacrifício esteja ativado e tomando conta das suas decisões. Mas calma! Vou te explicar por que isso acontece e o que fazer para mudar. Assim, você pode se tornar um Adulto Saudável que coloca limites sem culpa e é respeitado por isso.
Marina Vershinina
3/11/20253 min read
O que é o esquema de autosacrifício?
O esquema de autosacrifício é um padrão emocional que faz com que você priorize o que é importante para os outros, suprindo necessidades que nem sempre são suas e que, muitas vezes, nem são sua responsabilidade.
Ainda assim, você acaba assumindo esse papel porque o medo de ser rejeitado, julgado ou até abandonado é muito maior do que a vontade de dizer "não".
O mais curioso é que, nesse processo, a única pessoa que você não sente a obrigação de agradar é você mesmo.
Colocar as necessidades dos outros sempre em primeiro lugar é uma responsabilidade enorme. É exaustivo, não é?
Mas para mudar esse padrão, primeiro precisamos entender de onde ele vem
Se, na sua infância, suas necessidades emocionais básicas—como afeto, amor, carinho, reconhecimento e valorização—não foram supridas pelos seus pais ou cuidadores, você precisou encontrar formas de suprir essa carência.
E, talvez, tenha descoberto que quando atendia às expectativas dos seus pais, era reconhecido e valorizado.
As raízes do esquema de autosacrifício
✔ Quando tirava boas notas, recebia atenção.
✔ Quando se comportava direitinho, era elogiado.
✔ Quando ajudava os outros, era visto como uma "criança exemplar".
Assim, sem perceber, você aprendeu que o amor e a valorização não vinham simplesmente por existir, mas sim por suprir as necessidades dos outros.
Isso funcionou na infância como uma estratégia de sobrevivência. Mas, na vida adulta, esse esquema começou a te trazer desconforto, frustração e esgotamento emocional. Afinal, ninguém é obrigado a te valorizar só porque você faz algo por eles. Faz sentido pra você?
Como a falta de limites alimenta esse ciclo?
Ao longo dos anos, você aprendeu a atender às necessidades e expectativas dos outros, mas esqueceu das suas próprias.
E toda vez que você não coloca limites, reforça para si mesmo que suas necessidades não importam.
O resultado? Você continua repetindo esse padrão destrutivo, esperando que os outros retribuam de alguma forma. Mas, quando isso não acontece, surgem sentimentos como frustração, esgotamento emocional e ressentimento.
Mesmo assim, você continua, porque esse ciclo é familiar para você. Mas isso pode mudar!
1. Tomar consciência – Observe em quais situações você não coloca limites e como se sente depois.
2. Reestruturar a crença – Em vez de pensar "se eu disser não, a pessoa vai se magoar", troque para "meus limites são tão importantes quanto os dos outros".
3. Praticar pequenas negativas – Exemplo: começar dizendo "não posso agora, mas podemos ver outro dia?"
4. Acolher a culpa sem ceder a ela – A culpa pode aparecer, mas isso não significa que você está errado.
Como começar a sair do esquema de autosacrifício?
Conclusão: colocar limites não é egoísmo!
Quero que você leve uma coisa importante deste texto: priorizar suas próprias necessidades não é errado e não é egoísmo.
Adultos saudáveis colocam limites e são respeitados por isso.